Formação de Professor

31Maio2021

Formação de Professor

Por: Fernanda Gonzaga

Artigo para revista: FORMAÇÃO DE PROFESSOR,

sob a orientação da professora Bárbara Mascarenhas

da disciplina Topicos de Pesquisa.


 

Resumo

 

O propósito deste trabalho é estabelecer uma reflexão sobre a Formação de Professores,

prática e capacitação docente dentre outros. Visando fazer uma leitura desse processo

atendo aos múltiplos sentidos ai inscritos. Tais enfoques resultam as nossas reflexões

acerca do nosso fazer cotidiano, enquanto professora, mas, sobretudo na qualidade de

alunas que hora nos encontramos. Pensar que na educação reside, principalmente, no

resgate do professor enquanto aprendiz e autor de sua formação. Para promoverem um

ensino de qualidade.

 

Palavras Chaves: Formação de Professor, Formação Continuada.

 

Abstract

 

The purpose of this study is to establish a reflection on teacher training and practice,

among others. It plans to make a reading of this process meeting the multiple meanings

attached there. Such approaches result on our reflections about our daily activities, as

teachers, but especially in the quality of student, that we are for now. To think that,

education is primarily the rescue of the teacher as learner and author of its formation. To

promote an education with quality.

 

Keywords: Teacher Training, Continuing Education.

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

INTRODUÇÃO

 

Hoje muito se fala na Formação de Professores, e a sociedade atual critica a escola e a

atuação dos mesmos. Por tempos a história vem demonstrando e comprovando que a

questão da formação não está limitada apenas nas criações de novos metodos e a

treinamentos de professores.

 

Pensando nisso, acreditamos que essa evolução da educação, está respaldada

principalmente, no regaste do professor enquanto um constante aprendiz e autor de sua

própria formação. Assim sendo, reforçamos a ideia de que os professores que apenas

aplicam suas pesquisas nos outros e não promovem mudanças em suas práticas e nem

um ensino de qualidade para seus alunos.

 

Portanto, acreditar na educação e que a configuração da mesma auxilam a construção e

construção de um povo, e que na escola existe uma grande preparação para o exrcicio da

cidadania, isto implica em um espaço politico de luta, de ensino, enquanto processo de

produção e reprodução do saber.

 

O que nos parece importante tal tratamento ao tema abordado: Formação de Professor,

onde a educação, a sociedade e cidadania merecem ser ampliadas, ou seja, ser

complementada por uma area do conhecimento.

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

FORMAÇÃO DE PROFESSOR

 

Nos dias de hoje muito se fala sobre formação de professores, pois surge uma

necessidade de estudar o tema abordado devido um novo pensamento ou uma nova

ordem no mundo contemporâneo e globalizado, que evolui rapidamente, e essa evolução

esta fazendo com que os professores necessitem aprender o que ensinar, e como

ensinar, através da atualização e aperfeiçoamento ao longo de sua vida, superando

assim, o ensino tradicional que necessita de mudanças onde o educador transmitia o

conhecimento e passavam informações. Retrataremos neste trabalho a importância e os

desafios da formação de professores inicial e continuada. A UNESCO 2000 delineia que:

“A importância do papel do professor enquanto agente de mudança, favorecendo a

compreensão mutua e a tolerância nunca foi tão patente como hoje em dia. Este papel

será ainda mais decisivo no século XXI”.

 

Acreditamos que a educação é a agente transformadora na configuração da história de

um povo. E ainda, sabemos que os princípios e ideais que norteiam a educação, deve ser

segundo Freire, voltada para a formação do homem livre e autônomo, ou seja, um

cidadão consciente. E não encontramos, conforme estudamos, numa educação

tradicional esses princípios, vemos que esta geralmente está destinada a reduzir um

processo de “escravidão” (quando pensamos no sistema capitalista e atual conjunta) e

dependência.

 

E ao pensarmos nessa autonomia e liberdade dos futuros cidadãos, é que nós pensamos

e nos preocupamos com este tema; formação de professores e seu aprimoramento na

formação continuada, para que a qualidade no ensino escolar realmente exista.

 

Considerar a educação, a escola e o ensino como “novos” objetos e objetivos e novos

olhares requer buscar novas abordagens. Essa nova preocupação com a formação do

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

professor poderia ser entendida segundo Freire (2000), como um processo de

reeducação dos saberes. Onde a educação e o ensino possam ser inseridos nesta

questão. Pois, analisamos que por várias décadas os mecanismos de controle social

eram e ainda são sintonizadas com as práticas educacionais. Para ilustrar basta

analisarmos a historiografia tradicional que ainda hoje é produzida no Brasil. Na

perspectiva de uma educação a serviço do Estado, podemos entender que educar era

sujeitar professores e alunos a uma poderosa técnica de alienação.

 

A fisionomia da escola que se quer, enquanto horizonte da nova proposta

pedagógica, a necessidade de suprir elementos de formação básica aos

educadores nas diferentes áreas do conhecimento humano; a apropriação, pelos

educadores de avanços científicos do conhecimento humano que possam

contribuir para a qualidade da escola que se quer. (FREIRE, p. 80)

 

De acordo com Silva o propósito de aprender a dimensão multifacetada da experiência

social, inserida no contexto educacional, justifica-se, sobretudo pelo fato de se entender

que as ações dos professores, são antes de tudo ações carregadas de sentido político.

Por isso acreditamos que a formação do professor seja contemplada, ressaltando aquilo

que é de fundamental e extrema importância, para que estes se transformem em um

agente transformador do conhecimento e não um mero “depositador” de conhecimento.

(...) para que ele se transforme num profissional autônomo, capaz de definir

livremente seu conteúdo e suas estratégias de ensino. Em relação aos futuros

professores, o problema a ser discutido é o tipo de trabalho que as universidades

estão desenvolvendo com vistas á formação do professor. (SILVA, 1995 p. 19).

 

E ainda segundo ALVES:

 

O professor traz para o processo de formação profissional, a sua experiência

passada, o seu conhecimento, as obrigações atuais e as aspirações para o futuro,

que influenciaram decisivamente a sua aprendizagem. Negar isto significa negar a

instrução dada na formação inicial e os esforços dos educadores quando um

curriculum foi preparado para formar professores. (ALVES, 1991 p.37)

 

Para ilustrar a preocupação dos órgãos responsáveis pela educação se caracteriza pelo

parecer CNE/CP 09/01”desafio de fazer a formação de professores uma formação

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

profissional de alto nível”. Se bem ainda exista, em nosso município, a modalidade

normal de nível médio, habilitando o professor para atuar na educação infantil. Para as

quatro primeiras series do ensino fundamental, a universalização da formação de

professores da educação básica em nível superior, como propõe o parecer CNE/CP

nº09/03: “a formação em nível médio frente aos avanços pedagógicos e exigências sócio-

educacionais vai se tornando cada vez mais insuficientes para dar respostas aos desafios

da escolarização”. Pretende-se desta forma:

 

Superar o padrão segundo qual os conhecimentos práticos e pedagógicos são

responsabilidades dos pedagogos e os conhecimento específicos a serem

ensinados são responsabilidade dos especialistas por área do conhecimento.

(CNE/CP nº 09/01)

 

O professor, de acordo com Moran, é um especialista em conhecimento/ aprendizagem,

portanto espera-se que ele aprenda ser um profissional “equilibrado, experiente, evoluído,

ético”. E trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar tão interessado na

determinação dos fins de educação, quanto também dos meios de realizá-los. O

matemático e o químico e/ou o físico não terão necessidade de saber o que estar e se

passa além da janela do seu laboratório. Mas o educador, assim também como o

sociólogo, tem necessidade de uma cultura múltipla e bem diversa; tem a necessidade de

aprofundar na vida humana e da vida social não devem estender-se além do seu raio

visual; ele deve ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas

fases, para perceber, além do aparente e do efêmero, o jogo poderoso das grandes leis

que dominam a evolução social;, e a posição que tem a escola.

 

O professor só é o que pensa e sabe o que é – ou imagina que sabe. É o outro

que desestabiliza e é no outro que ele se retrata. Daí a importância de espaços

heterogêneos, onde o professor possa ver nos seus diferentes o “outro ideal” que

o conflitua, que o faz pensar e buscar novas práticas as quais, por sua vez, de

dependem de novas construções. FEIL 1995, p. 50.

 

Em outras palavras a história já demonstrou comprovadamente que a questão da

formação não se limita a criação de novos métodos e a treinamentos de professores.

Acreditamos que a transformação educacional só ocorrerá se isto for demanda dos

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

professores de sala de aula e se estes forem autores efetivos de toda sua construção.

Mesmo que seja oferecido a graduação, ou seja um nível “superior” para formação de

professores, esta só será aproveitada se o docente também quiser fazer a diferença.

 

Nesta perspectiva, precisamos compreender o professor como estrutura na estrutura de

relações onde produz e se reproduz como nos diz Cavaco (1989), na sua relação com o

mundo, com História e sua própria história, consigo mesmo – seu eu, seus mitos e

fantasmas. São estas relações que determina a prática do professor, revela seu momento

construtivo, aparecem as demandas e as possibilidades de criação de novos espaços,

situações de partilhas, reflexões e de novos modelos para o seu desenvolvimento pessoal

e profissional como também o surgimento de uma nova cultura. E para tal pensar em sua

formação como (re) descoberta do desejo do individuo de ser professor, da ousadia em

romper com a cultura autoritária do silêncio e da consciência da importância da formação

continuada.

 

A formação em que se respalda o professor deveria permiti-lhe ensinar seus

alunos (além do conteúdo): que deveria ser possível, a cada vez, buscar o saber;

que a fontes de saber e que há lugares de saber que devem ser buscados. Trata-

se de um saber prático sobre o próprio conhecimento. Não se trata de possuir ou

não os conhecimentos, mas de ter uma dimensão mais distanciada da posição

que se pode ocupar, ao se perceber inserida no mundo das informações. Será a

partir de tal percepção que o profissional poderá movimentar-se, num mundo que

é globalizado por locais de saber. A sua experiência particular de leitor será

fundamental para que ele possa transmitir essa aprendizagem a seus alunos.

ANDRADE 2004, p. 12

 

Analisar a formação dos professores expressa, todavia, um olhar no propósito fazer-se do

professor, evidenciando assim suas experiências enquanto sujeitos históricos e porque

não dizer sujeitos da história. O professor pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas

de trabalho necessárias para o saber, o fazer, o ser e o conviver nos sentidos plenos de

cidadãos críticos, solidários e autônomos.

 

Na formação, é preciso não o deixar dependente do formador, mas acelerar seu

processo de auto transformação por meio de uma pratica reflexiva

contextualizada, com fundamentos teóricos e conceituais e com procedimentos

mais metódicos. O desenvolvimento das competências está no cerne da profissão

de formador, da qual assume mais o papel de um treinador de um “transmissor” de

saberes ou modelos (...) (PERRENOUD, 2002, pg.181).

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

É importante considerarmos que em qualquer analise que se faça da literatura sobre

formação de professores e educação inicial, seria necessário desenvolver, nos futuros

professores, uma consciência de que sua formação não se esgota na graduação, mas é

um processo continuo de formações e trocas de experiências. Nosso pensamento se

firma com a reportagem de MOÇO e MARTINS 2010, conforme publicação da Revista

Escola Nova: (...) De fato, não é mais possível dar aulas apenas com o que foi aprendido

na graduação (...) trabalhar sozinho sem trocar experiências com o colega, e ignorar a

didática de cada área são outras práticas condenadas pelos especialistas quando se

pensa no professor de século 21 (...). (Nova Escola p. 47).

 

De acordo com a legislação, reconhe-se a necessidade de que o professor tenha

condições para se aperfeiçoar e tempo para estudos, pesquisa e preparação de suas

aulas. Isso é a constatação da realidade obvia de que a educação continuada é condição

para que o trabalho do professor preserve qualidade e atualidade.

 

O professor, quando reflete na e sobre a prática, passa a ser segundo, Fiel, 1995, um

pesquisador na sala de aula. Concordamos que esta é a base para a criação da nova

cultura da profissão, pois ele terá domínio daquilo que ensina e por isso é o autor do

direcionamento que dará. É consenso na grande maioria das políticas de formação que o

modo do professor construir seus conhecimentos e seu pensamento sobre este,

interferem decisivamente na sua forma de trabalhá – los. Daí a importância da

continuação da formação das vivencias partilhadas, na elaboração de novas

significações: sobre si, sobre os outros e sobre o seu trabalho. Requer a disponibilidade

de constanmente (re) educar-se.

 

Entretanto esses “progressos” não garantem uma ação pedagógica mais eficaz

nas salas de aula. O desafio não se resume na manutenção ou no mínimo

aprimoramento do nível de formação de professores (...). É preciso formar nesse

novo oficio (...) e tornar os sistemas educativos capazes de preparar maior numero

possível deles para complexidade do mundo moderno. (...) Tudo depende da

forma como a formação dos professores for concebida e realizada.

(PERRENOUD, 2002, pg.90).

 

A importância da formação continuada se dá pelos seguintes fatores:

 A existência de espaços;

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

 Reflexões partilhadas;

 Aprimoramento cientifico;

 O pensar em sua pratica;

 O manuseio das tecnologias

 Personificar um modelo de excelência;

 Atualizar-se nas novas didáticas; entre outros...

 

A apreensão do cotidiano a partir da caminhada histórica versus educação e sociedade

revela de certa forma, o quadro que ora vem se configurando acerca das políticas. A

educação é entendida como fator de desenvolvimento, como investimento para a

preparação de recursos humanos, e acima de tudo como instrumento para a promoção do

individuo, enquanto agente transformador. Uma nação apenas se constrói

grandiosamente com cidadãos ricos em saberes, em conhecimentos, em moral, em ética

e em respeito ao próximo, com bondade solidariedade e que acima de tudo saibam se

impor e repudiem toda qualquer forma de violência.

 

O exercício da cidadania constitui a própria condição de possibilidade da prática

historiadora e o historiador, enquanto cidadão, no seu próprio tempo não pode

querer ser imune ou isento perante a questão da cidadania. (FALCON, 1995, p.

69)

 

A EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMADORA SOCIAL:

 

Acreditar que a educação por si só transforma o sujeito é uma utopia, mas saber que o

professor tem papel fundamental no mesmo, é de extrema importância já é fato. Pois, é

pelo ensino que o mundo se tornou o que é hoje, é também pelo mesmo que (certo ou

errado) o mundo caminha para o futuro. Os professores devem ser disseminadores do

que é certo e do bem, devem ter a obrigação de fato nos entregarmos a esta missão que

é uma grande responsabilidade. Pois estarão quebrando regras e pensamentos errados,

saindo em busca do papel de agente transformador e formador de homens e mulheres

que irão reger o mundo de amanhã.

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

Considerar a sala de aula, como momento oportuno, em que, ciente do conhecimento que

possui o professor pode oferecer a seus educandos a apropriação do conhecimento

histórico existente através de um esforço e de uma atividade com a qual ele retome a

avaliação que edificou esse conhecimento. É também um espaço em que um embate é

travado diante do próprio saber, de um lado a necessidade do professor ser o produtor do

saber, de ser participante na produção do conhecimento histórico, de contribuir

pessoalmente com seu aluno. De outro lado, a opção de torna-se apenas um eco do que

outros já disseram. É preciso que de fato os educadores façam de suas atividades

pedagógicas um espetáculo, pois só assim poderá concorrer com os avanços e recursos

tecnológicos.

 

É necessário que haja novas propostas direcionando a novos caminhos. Caminhos estes

prazerosos a serem exercidos pelos educandos, uma vez que estes estão no mercado de

trabalho, e em um caminho que se cruza com múltiplas e diversas situações e pessoas.

 

De acordo com ANDRADE, 2004, não podemos considerar a formação docente como um

estoque de informações necessárias e suficientes para que o professor realize sua tarefa

de ensino. A formação em que se respalda o professor bem formado se sente

suficientemente seguro para buscar as fontes de conhecimento em razão dos problemas

encontradas em sua prática, em decorrência das necessidades diagnosticas com seus

alunos.

 

Na escola, para a preparação do exercício da cidadania, implica em espaço político de

luta, ensino, e não somente pelo processo de produção e reprodução de saber. Na

família, enquanto sujeito integrante de uma sociedade com valores éticos e morais.

Parecendo nos essencial o tratamento e o “olhar” da primeira, de forma consciente pelo

professor e também pelas políticas públicas educacionais para a formação deste.

Pensamos ainda, que além do professor compreender seus espaços e papeis, é preciso

que a sociedade também seja alertada e convocada a participar na construção de uma

nova cultura escolar. Compreendendo que o problema do ensino é um problema social,

portanto, precisa ser tratado como tal. Colocando o “problema da educação” como parte

de toda a sociedade, sendo preciso uma ação conjunta.

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

Acreditamos que a situação do professor só será diferente no momento em que a

sociedade voltar a dar-lhe apoio e reconhecer o seu trabalho em todos os seus aspectos,

ou seja trata-se de uma perspectiva inovadora visualizando ações e realidades concretas

redefinindo papeis e responsabilidades. Como diz Bernard Barker (cf.Woods, 1989: 128):

“converter a sua escola de uma ‘fabrica de aulas numa escola comunitária num centro de

cultura e vitalidade da área”.

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

CONCLUSÃO

 

Concluímos então, que a mudança está em andamento - isso incluindo com nossa

formação – longe ainda de ser terminada, mas acontecendo e trazendo a luz uma

educação mais inteligente, mais sensata, mais humana e mais eficaz.

 

Essa mudança depende, ao nosso ver, do grupo e a formação deste depende de sua

vontade política e de sua competência em interiorizar um projeto democrático que

viabilize o conviver das diversidades e contemporaneidade articuladas, no entanto, com a

totalidade que é a formação de cidadãos capazes e desejosos de assumirem com

autoridade e autonomia a sua historia e a Historia da sociedade em que está inserido na

perspectiva de uma vida mais digna.

 

Para tanto, entendemos que o professor é o responsável pela sua formação continuada e

não deve apenas valorizar os conflitos já existentes como ponto de referencia para

mudanças, como também deve gerar novos conflitos. É necessário que se promova

discussões para esclarecer o que é ou não problemático, a fim de dar um novo sentido ao

conhecimento e partir daí, o professor poderá com propriedade redirecionar e reestruturar

o seu trabalho.

 

Contudo, não é mais possível “dar aulas” com que foi aprendido apenas na graduação, ou

desprezar os avanços tecnológicos. Trabalhar sozinho sem trocar experiências com os

colegas não condiz com o comportamento do professor dito do século XXI. Essa nova

perspectiva requer o que o professor seja um mediador na construção do conhecimento,

tendo uma postura reflexiva, ativa, mantendo uma alta avaliação e estudos constantes.

 

Acreditamos que uma boa formação é o caminho para educação publica dar um salto

para qualidade. Pois, só assim, os professores vão dominar os conteúdos, fazer um bom

 

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE BETIM

_______________________________________________________

___

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

 

planejamento de acordo com as diretrizes e a realidade de seus alunos, avaliando assim

sua própria pratica. Então vamos fazer a diferença?

 

REFERÊNCIAS

 

BITENCOURT, Circe (org.) O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: 2ª Ed.

Contexto, 1998.

 

BRASIL, MEC, 1998 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96.

 

FILHO, Ruy L. B., PEREIRA, Avelino R. S., MAIA, Eny Marisa - Parâmetros

Curriculares Nacionais. Brasília – DF. 1997.

 

LEHER, Roberto. A Ideologia da Globalização na Política de Formação Profissional

Brasileira. In: Trabalho e Educação. Belo Horizonte, nº 4 agosto/ dezembro. 1975.

 

MARTINS, Ana Rita e MOÇO, Anderson. O novo perfil do professor. Revista: Nova

Escola. Editora: Abril, outubro, 2010.

 

MEIRA, Marly Ribeiro; PILLOTTO, Silvia Sell Duarte. Arte, afeto e educação: a

sensibilidade na ação pedagógica. Porto Alegre: Mediação, 2010.

 

PERRENOUD, Philipe. Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação:

Perspectivas Sociológicas. Trad. Helena Faria e outros. Lisboa: Publicações Dom

Quixote, 1993.

 

WOODS, Peter. Aspectos Sociais da Criatividade do Professor. In: NÓVOA, Pedro

(org.). Profissão Professor. Portugal: Porto editora, 1991. Coleção Ciências da Educação.